Os números da 39 edição da Conjuntura Econômica de São José do Rio Preto mostram crescimento no número de admissões, no potencial de consumo e do segmento da inovação tecnológica em 2023.O levantamento, que é o maior banco de dados sobre a cidade, foi divulgado nesta terça-feira, 2, pelo prefeito Edinho Araújo. A Conjuntura foi elaborada pela secretaria municipal de Planejamento Estratégico, em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp).
Houve um aumento de 4% no número de admissões, em todos os setores. Na área da construção civil, importante sinalizador da atividade econômica, foi registrado um crescimento de 32% na expedição de Habite-se (documento oficial que atesta a conclusão da construção de um imóvel e sua adequação às leis) em comparação com 2022.
Em 2023, os 480 mil habitantes de Rio Preto consumiram R$ 25 bilhões. Com esse índice, a cidade alcançou a 36 posição no ranking nacional e 10 no Estado de São Paulo em potencial de consumo.
Constam da Conjuntura Econômica de 2023 os números do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no município) de 2021. Esses dados são divulgados a cada biênio pelo IBGE.Em 2021, o PIB rio-pretense atingiu R$ 20 bilhões, R$ 2 bilhões que em 2021, o que mostra a retomada da economia depois do período da pandemia.O PIB per capita, que mede a produção, por habitante, do conjunto de setores da economia e indica o nível de riqueza econômica, chegou a R$ 44 mil no ano de 2021.
Com base nos dados levantados pelo Censo do IBGE, a Conjuntura Econômica prevê que Rio Preto chegará a 500 mil moradores já em 2026 e 523 mil em 2030.
Um dos destaques da 39 edição da Conjuntura Econômica é o segmento da inovação. As 43 empresas instaladas nas duas incubadoras e no Centro Empresarial do Parque Tecnológico (sem adicionar as empresas do Distrito Tecnológico) fecharam 2023 com faturamento de R$ 63 milhões 258 mil. Em 2022, o faturamento foi de R$ 46,9 milhões. O Parque Tecnológico encerrou 2023 com 638 empregos diretos.
Um setor que também apresentou crescimento expressivo foi o turismo em Rio Preto. O segmento fechou o ano passado com 19 mil empregos diretos e uma oferta de 3.977 leitos de hotelaria. São 1.825 bares e restaurantes em funcionamento na cidade e 43 espaços para reuniões, seminários e convenções. Foram arrecadados R$ 4 milhões de ISS (Imposto Sobre Serviços) pela área do turismo, em 2023.
Edinho Araújo destacou os avanços em São José do Rio Preto e disse que os dados consolidam a vocação da cidade, que é sede da Região Metropolitana. "Compilar dados torna Rio Preto ainda mais atrativa para os investidores. Crescimento de ponta a ponta que colocam a cidade no radar dos empreendedores".
O vice-prefeito e ex-secretário de Planejamento de Rio Preto, Orlando Bolçone, criador da Conjuntura Econômica em 1986, afirma que o levantamento “serve como referência e guia para que empresas e executivos planejem investimentos na cidade, além de oferecer ao poder púbico, em todas as esferas, números com credibilidade que permitam a definição de políticas públicas que beneficiem a população”.O secretário de Planejamento Estratégico, Willian Meque, explica que a Conjuntura “se transformou, ao longo dos anos, em termômetro de toda a atividade econômica, demográfica, e do desenvolvimento urbano de São José do Rio Preto, cidade que é líder e pioneira neste tipo de trabalho minucioso”.A chefe de gabinete da secretaria de Planejamento Estratégico, Márcia Silvério Domingues, afirma que a Conjuntura Econômica “é extremamente relevante para a definição de diretrizes e estratégias para o desenvolvimento sustentável da cidade e para trazer segurança ao investidor”.O deputado estadual Itamar Borges relembrou o primeiro contato com a Conjuntura Econômica e disse que os índices positivos valorizam ainda mais Rio Preto. "Os dados são riquíssimos e deveriam ser adotados em outros municípios. Os números são um atrativo a mais durante a pesquisa daqueles que desejam morar ou fomentar a economia na cidade".A coordenadora de Desenvolvimento Econômico e Pesquisas da secretaria de Planejamento e coordenadora da Conjuntura Econômica, Juliana Silva, explicou que o trabalho de elaboração do documento leva seis meses, desde a coleta de informações. “Recebemos os dados de todas as secretarias municipais, autarquias e órgãos como o IBGE e a Fundação Seade, fazemos a checagem com padrões técnicos rígidos e iniciamos a edição para que o material fique completo e simples para consulta”.Pelo segundo ano, a Conjuntura Econômica terá uma versão em inglês.
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