O Senado deve analisar, em sessão plenária nesta quarta-feira (22) às 14h, projeto que cria mecanismos de proteção à população LGBTQIA+ encarcerada. O projeto de lei complementar ( PLP) 150/2021 , do senador Fabiano Contarato (PT-ES), obriga a construção ou adaptação de alas prisionais para essa comunidade em quantidade apropriada e respeitada a autonomia de declaração de identidade. Caso seja aprovado, o projeto irá à Câmara dos Deputados.
A proposta foi aprovada em 2023 pelas Comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Segurança Pública (CSP) na forma do relatório do senador Otto Alencar (PSD-BA). Em fevereiro, o texto recebeu emenda de Plenário do senador Weverton (PDT-MA) para garantir as mesmas condições de salubridade que o restante do presídio, o que foi acatado pela CDH em abril e pela CSP em maio. Segundo as normas da Casa, as emendas feitas pelos senadores em Plenário devem ser analisadas nas comissões pelas quais o projeto tramitou.
O projeto de lei ( PL) 1.357/2019 , que incentiva a acessibilidade de pessoas com deficiência (PcD) em estabelecimentos privados ou públicos, também está na pauta da sessão. A proposta, da Câmara dos Deputados, busca certificar, com o selo Acessibilidade Nota 10, os locais que promovam um melhor acesso às PCD.
A CDH aprovou o texto na forma que veio da Câmara dos Deputados, sob a relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
Os parlamentares ainda devem analisar o projeto de decreto legislativo ( PDL) 927/2021 , que permite ao presidente da República ratificar acordo entre o Comitê Intergovernamental da Hidrovia Paraguai-Paraná (CIH — do qual o Brasil faz parte) e a Argentina sobre o funcionamento da sede do comitê em Buenos Aires. O CIH foi criado em 1992 para coordenar ações que facilitem o transporte nos rios Paraguai e Paraná e seus afluentes, que passam pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
O ato analisado pelos senadores foi assinado em março de 2018 para complementar o pacto internacional que criou o CIH. Segundo a exposição de motivos que a Presidência da República enviou ao Congresso Nacional, ainda não há instrumento de direito internacional que regule a condição da Argentina como país-sede da Secretaria Executiva do comitê. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) já aprovou, em abril, o relatório do senador Nelsinho Trad (PSD-MS) sobre o projeto.
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