Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (26), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a interferência de organizações não governamentais (ONGs) no Amazonas. De acordo com o parlamentar, reportagem publicada no site BNC Amazonas divulgou supostas articulações entre a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF) no estado, com apoio de ONGs, para barrar a exploração de gás natural no município de Silves (AM). Segundo o senador, a extração proporcionaria investimentos de R$ 6 bilhões para a região.
— Procuradores do Ministério Público Federal demonstraram desconhecimento da manipulação de ONGs para barrar projetos vitais para a população amazônica, em particular, para nós do Amazonas. Com essa manipulação, as ONGs procuram impedir a população de regiões que vivem abaixo da linha de pobreza a sair dessa vergonha. Estão na lista a BR-319, o Potássio de Autazes e, agora, a exploração de gás em Silves, o que traria investimento de R$ 6 bilhões.
Plínio foi presidente da CPI das ONG’s, que funcionou no Senado em 2023. Para o parlamentar, a reportagem do BNC Amazonas mostra com clareza a situação no estado:
— Vou falar do município de Silves, que é um dos poucos do Amazonas ligados por estrada a Manaus, quando três procuradores deram ultimato para que a Funai interditasse imediatamente o que seriam áreas de indígenas isolados no Amazonas. Só para tornar claro: "isolados" seriam indígenas não organizados em agrupamentos e, por isso mesmo, de existência difícil de comprovar. O problema está justamente nisto: essa presença não está, de forma alguma, confirmada. É pior do que parece. A Funai não comprovou a presença de indígenas isolados, e, ainda mais grave, uma perícia aponta manipulação nesse sentido.
Na avaliação de Plínio Valério, Silves e Itapiranga, ligadas a Manaus, podem virar “cidades-fantasmas” e Roraima corre risco de enfrentar novo apagão, em função da manipulação das Ongs quanto ao fornecimento de gás para o estado.
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