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Docentes compartilham experiências no 17º Encontro de Educação Especial e Inclusiva

Evento ocorreu nesta quarta-feira (23), no Auditório Jornalista Roberto Marinho

24/10/2024 às 16h41
Por: Redação Fonte: Prefeitura de Praia Grande - SP
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Foto: Reprodução/Prefeitura de Praia Grande - SP
Foto: Reprodução/Prefeitura de Praia Grande - SP

 

De forma prática, o 17º Encontro de Educação Especial e Inclusiva permite fazer uma afirmação. Escolas e professores da rede municipal de ensino promovem a inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial. Isso pode ser visto em cada um dos nove trabalhos compartilhados pelos docentes ao longo desta quarta-feira (23), durante evento realizado no Auditório Jornalista Roberto Marinho, no Bairro Mirim.

O evento ficou sob a responsabilidade da Coordenadoria de Educação Especial e Inclusiva da Secretaria de Educação (Seduc). Estiveram presentes integrantes das equipes técnicas das escolas municipais, professores das salas regulares e de Atendimento Educacional Especializado (AEE). A secretária de Educação, a professora Cida Cubilia, acompanhou as apresentações de parte dos trabalhos.

Cada projeto apresentado tinha como base demonstrar de forma prática como a educação inclusiva ocorre no Município. Os professores abordaram temáticas como os cuidados no trânsito com pessoas com deficiência (PcD), a necessidade da participação de todos os envolvidos na educação inclusiva, entre outros. Até um tema tabu fez parte dos assuntos abordados.

A professora da sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) Rosinês Aparecida Nunes da Silva desenvolveu uma apostila para explicar o que seria puberdade com alunos de deficiência auditiva. A docente atua no polo de deficiência auditiva situado na EM Carlos Roberto Dias, no Bairro Boqueirão. A educadora compartilhou que para desenvolver o material usou como base o livro “O Que Está Acontecendo Comigo?”, dos escritores Peter Mayle, Arthur Robins e Paul Walter.

De acordo com Rosinês da Silva, antes de abordar o assunto com os alunos, a professora primeiro conversava com os pais. “Primeiro que não é com todos os estudantes que entramos nessa temática. Alinhamos com os pais o assunto, apresentamos a apostila para entendam o que será falado. Depois, na sala de AEE, passamos o conteúdo para os alunos conforme a necessidade”, explicou.

Para transmitir a informação, a professora precisou fazer algumas adaptações na forma de passar o conteúdo. Uma delas, foi na inserção de imagens para contextualizar o que seria abordado. Outro aspecto, diz respeito a pontuar de forma clara as fases da vida do ser humano, até que idade são considerados criança, adolescentes, adulto e idoso. “Os alunos com deficiência auditiva são muito visuais e estes elementos facilitam o aprendizado”, reforçou a docente.

No momento de apresentar o material para os estudantes, a Rosinês da Silva adotava mais um cuidado. “As aulas ocorriam separados meninos de meninas. O mais interessante era os alunos perguntavam se eu iria mostrar o material para alunas e vice-versa. Até então não existia algo sobre o tema voltado para eles. Produzir esse conteúdo fez com que agora eu tenha mais tranquilidade falar conversar com eles sobre”, enfatizou.

Destaque –Além dos projetos compartilhados, o 17º Encontro de Educação Especial e Inclusiva teve outras atrações. Ao chegarem no Auditório Roberto Marinho, logo no hall de entrada, os visitantes podiam apreciar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos nas escolas. Além disso, ao logo do evento, o palco foi compartilhado com manifestações culturais apresentadas por alunos da rede municipal e a contação de histórias trazida por Tatiana Felix.

Responsável em conduzir e organizar o evento, a diretora da Coordenadoria de Educação Especial e Inclusiva, Lara Arenghi, destacou que a edição deste ano teve um ponto ainda mais especial. “Até então, o evento era focado em práticas pedagógicas voltadas para alunos de Inclusão, ou seja, do ensino regular. Desta vez, trouxemos também ações realizadas por professores das escolas de Educação Especial (EMs Sérgio Vieira de Mello e Anahy Navarro Trovão) para que também contribuíssem”.

A secretária de Educação, professora Cida Cubilia, destacou que os projetos apresentados evidenciam as políticas públicas adotadas pela Seduc em prol da Educação Especial e Inclusiva. “As ações adotadas hoje não são as mesmas que eram colocadas em prática quando a Seduc realizou o primeiro Encontro. Vivemos um momento de adaptações e, com certeza, lá na frente, as ações também terão de ser outras”, comentou.

“Nós evoluímos e continuaremos a progredir nestas temáticas sempre pensando em prol dos nossos alunos. Só quem passa pela sala de aula, pelo chão da escola, sabe o que é educação de verdade”, afirmou a titular da pasta. “O que vimos hoje foram exemplos práticos e validados da preocupação dos profissionais que atuam nas escolas municipais. Estamos aqui comprovando que a educação inclusiva de fato acontece!”.

 

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