Terra-Mar, Mamba, Fogo na Montanha, Amarelinha Africana, Banyoka. A Casa SP Afro Antônio Pompêo transformou-se na manhã desta sexta-feira (22/11) em um grande palco de brincadeiras.
Sob o tema, “Brincadeiras Africanas e Afro-brasileiras”, as professoras formadoras da Secretaria de Educação de São José do Rio Preto Luana Passos (relações étnico-raciais) e Maria Emília Arenas (educação física) conduziram cerca de 30 crianças do Projeto Mundo Novo ao riquíssimo universo lúdico vindo de África.
“É muito importante esse projeto para a gente pensar na valorização e no respeito ao multiculturalismo que temos no nosso país. As brincadeiras africanas e afro-brasileiras trazem um contexto histórico, um contexto social. É importante que as crianças acessem todo esse patrimônio, para que, com isso, respeitem e saibam valorizar a cultura africana”, afirma a professora Maria Emília.
Antes de cada brincadeira, as regras eram explicadas ao grupo e os participantes preparavam-se, em equipes ou individualmente. Foram cinco, no total: Terra-Mar (brincadeira popular de Moçambique), Mamba (África do Sul), Fogo na Montanha (Tanzânia), Amarelinha Africana (Minuê), Banyoka, (adaptação de uma brincadeira da Zâmbia e do Zaire), que imita o rastejar da banyoka, ou seja, da “cobra”. As crianças ficaram bastante empolgadas com as brincadeiras em equipes.
Os amigos Isabella Oliveira, 10 anos, e Lucas Henrique Ferreira Teixeira, 13 anos, aprovaram a atividade. “Achei muito interessante, aprendemos muito e praticamos a coordenação motora”, afirma Isabela. “Essas brincadeiras são muito importantes para nossa conscientização”, complementa Lucas.
A professora Michelle Monique Marques, do Projeto Mundo Novo, ressalta a importância de as crianças conhecerem e acessarem esses espaços de brincadeiras africanas. “As crianças têm de saber das nossas origens, de Zumbi dos Palmares, da importância das contribuições de origem africana e afrodescendente, para cultivar o respeito e o carisma por todas as raças.” A professora Patrícia Nogueira de Lima Guimarães e o professor Damião Luís Rodrigues também acompanharam a atividade. O projeto atende 100 crianças com atividades cognitivas, esportivas, culturais e de lazer, de bairros situados na Região Norte.
A atividade, promovida em parceria entre as Secretarias da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial e da Educação de São José do Rio Preto e Conselho Municipal Afro (CMA), fez parte do Novembro Negro.
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