Em mais uma iniciativa para aliviar o endividamento e ampliar o acesso ao crédito para milhões de brasileiros, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou a sétima redução das taxas de juros do empréstimo consignado do INSS. De acordo com a Resolução Nº 1.363, publicada em 26 de abril, a taxa máxima cai de 1,72% para 1,68% ao mês, o menor índice desde o início da gestão do presidente Lula em 2023.
Essa medida histórica representa um marco na luta contra os juros abusivos e pela inclusão financeira dos aposentados e pensionistas do INSS, entre outros beneficiários, inclusive do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo o Ministério da Previdência Social, a iniciativa visa garantir que os tomadores de crédito paguem taxas justas e adequadas à sua realidade financeira.
Além da redução da taxa máxima do consignado tradicional, outras modalidades de crédito também tiveram suas taxas reajustadas. No caso do cartão de crédito consignado e do cartão consignado de benefício, a taxa máxima passa de 2,55% para 2,49% ao mês, proporcionando maior acesso a meios de pagamento mais práticos e seguros para os beneficiários do INSS.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, enfatizou a importância da medida para o bem-estar dos aposentados e pensionistas. "Essa é mais uma conquista do governo federal para garantir que os nossos segurados tenham acesso a crédito com taxas justas e adequadas à sua realidade financeira. A redução dos juros vai aliviar o endividamento, impulsionar a retomada da economia e contribuir para a qualidade de vida de milhões de brasileiros", destacou o ministro.
Atualmente, existem mais de 63 milhões de contratos de consignado ativos no país, o que demonstra a relevância dessa modalidade de crédito para a população. É esperado que a redução das taxas incentive a renegociação de dívidas com juros altos, a tomada de novos empréstimos para investimentos e o consumo consciente.
Bancos não concordaram com a redução
Apesar dos benefícios da medida para os consumidores, os bancos ainda se mostram insatisfeitos com a redução das taxas. Alegam que a nova tabela não cobre integralmente o custo de captação das instituições financeiras. No entanto, o governo e o CNPS defendem que a medida é essencial para proteger os consumidores, promover a inclusão financeira e garantir que o crédito seja utilizado de forma responsável e sustentável.
Mesmo diante das discordâncias, o governo, que possui maioria no colegiado do CNPS, obteve 10 votos a favor da medida, com apenas um voto contrário e duas abstenções. O voto contrário foi justamente do representante dos bancos, enquanto as abstenções foram das entidades representativas do comércio e da agricultura.
Para o CEO da Carrera Carneiro, Corban especializado na concessão de empréstimo consignado com foco no conceito smart money, essa nova queda na taxa de juros é significativa, mas é possível que se torne ainda mais atraente. “O ajuste na taxa de juros acompanhando a SELIC é um processo natural e muito positivo para aposentados, mas também julgamos interessante o Ministério da Previdência Social pensar em sugerir a isenção do IOF na contratação do empréstimo consignado, isso poderia contribuir ainda mais para que beneficiários do INSS tenham mais dinheiro no bolso ao contratar crédito consignado”, opina Carrera.
A sétima redução do juro do consignado é mais um passo importante na construção de um sistema financeiro mais justo e acessível para todos os brasileiros. A medida demonstra o compromisso do governo federal com o bem-estar dos aposentados e pensionistas do INSS, e contribui para fortalecer a economia nacional e impulsionar o desenvolvimento social do país.
No portal do Meu INSS é possível visualizar as taxas disponíveis e selecionar aquela que melhor se adequa ao orçamento, para isso basta que sejam seguidas as seguintes instruções:
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