O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, está no foco das discussões literárias na internet desde a última semana depois de a escritora e podcaster estadunidense Courtney Henning Novak ter lançado um desafio para que as pessoas lessem um livro de cada país e ter dito que essa obra de Assis, a primeira pessoa a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), “é o melhor livro já escrito”. Na rede estadual de ensino, Machado de Assis já tem sido um sucesso de empréstimos de estudantes na ferramenta LeiaSP desde a sua implantação, no início do ano, onde o Memórias e outros livros estão disponíveis gratuitamente.
Machado de Assis está no topo do ranking dos livros mais emprestados pelos estudantes do Ensino Médio da rede estadual paulista, mas a obra preferida dos alunos da rede pública de SP até a última semana era outra: a Cartomante, que foi emprestado 137.433 vezes até a última semana.
No total, Machado de Assis já foi emprestado 212.708 vezes pelos jovens leitores da rede. Entre suas obras, estão disponíveis ainda:
Nas próximas semanas, a equipe do LeiaSP da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SeducSP) fará um novo levantamento para acompanhar se o sucesso no TikTok também será reproduzido nas preferências dos alunos da rede e busca por este e outros clássicos.
Além dos livros de Machado de Assis, outro clássico brasileiro está entre os 10 mais emprestados pelos alunos do Ensino Médio: Vidas Secas, de Graciliano Ramos, já foi baixado 55.036 vezes até a última semana.
A LeiaSP é uma ferramenta implantada neste ano pela Secretaria da Educação com o objetivo de expandir o hábito de leitura entre mais de 2,5 milhões de alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1ª à 3ª série) da rede.
Entre a segunda quinzena de fevereiro e a segunda quinzena de maio, quase 4 milhões de livros foram emprestados. O levantamento é possível graças às ferramentas existentes na LeiaSP.
Para definir a lista de obras oferecidas na plataforma, a Seduc-SP compilou uma pesquisa realizada com estudantes e professores dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio. Além dos milhões de estudantes da educação básica, também têm acesso à plataforma os professores de língua portuguesa dos anos finais e professores de redação e leitura do Ensino Médio. São esses docentes que acompanham os “clubes de leitura” pré-definidos pela equipe da Seduc-SP, além de promover discussões das obras literárias em sala de aula.
Os títulos são disponibilizados em formato de ebook. Para facilitar o acesso, além da visualização na web, são permitidos downloads em até seis dispositivos móveis, como computador, tablet e celular, simultaneamente.
A ideia é que os professores possam acompanhar o ritmo de leitura, o número de livros concluídos e a compreensão das obras por estudante e por classes. Para isso, cada obra incluída na lista de “clube de leitura” contém perguntas com o intuito de auxiliar o estudante na percepção dos textos. Em cada obra, após uma quantidade de capítulos, os alunos são convidados a responderem questões inerentes ao conteúdo. Desde o início da Leia SP, 20,3 milhões de perguntas foram respondidas.
Estudantes cegos ou com baixa visão têm à disposição o recurso de leitura conhecido como text-to-speech, uma ferramenta que converte texto em áudio. Há também suporte na opção de fontes para alunos com dislexia.
Para os estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a Seduc-SP já implantou a ferramenta Elefante Letrado, com mais de 500 obras disponíveis, atrelada às ações do programa Alfabetiza Juntos SP.
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