Cidades Rio Preto - SP
Alunos de escolas municipais enviam cartas de apoio a vítimas no RS
Sensibilizados com as enchentes que assolaram o Sul do país estudantes da rede continuam produzindo mensagens de carinho e esperança aos irmãos gaú...
07/06/2024 17h16
Por: Redação Fonte: Prefeitura de Rio Preto - SP

Em meio ao caos e no desenrolar da catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul (RS), continuam sendo produzidas por alunos de escolas municipais de Rio Preto mensagens de amor e solidariedade.

Estudantes estão sensibilizados e de forma espontânea, com o apoio e aprovação dos professores, escrevem cartinhas e fazem desenhos para que sejam enviados aos gaúchos. São manifestações de carinho que servem como um sopro de esperança paras as vítimas desta tragédia em um momento tão importante de reconstrução do Estado.

Entre os recados, falas sinceras, como a mensagem da aluna Jade, 10 anos: “Oi Rio Grande do Sul, eu sei que as coisas por aí não vão bem, para você que está lendo eu sei que esta carta não faz muita diferença depois de tudo que você perdeu, mas estou aqui pra te animar e te dar força. Eu sei que essa inundação vai acabar logo.”.

Segundo Andrea de Oliveira Rocha da Silva, coordenadora pedagógica da escola municipal Profª Lydia Sanfelice, do Jardim Bela Vista, unidade com 700 estudantes do 1º ao 5º ano, o desastre segue sendo trabalhado em sala de aula uma vez que as crianças ainda têm dúvidas, medos e curiosidades a respeito do ocorrido.

“As docentes trabalharam diversos temas relacionados, entretanto, a maior relevância esteve sobre como nossos irmãos do Sul estão se sentindo, perdendo tudo: familiares, animais, suas casas, o impedimento de irem à escola e ao trabalho. Diante da triste realidade, os estudantes escreveram cartinhas desejando força, fé, garra para prosseguir”, informa a coordenadora.

Junto com as cartas e desenhos a escola arrecadou itens alimentares e de higiene pessoal, os quais foram enviados para o RS por meio da Defesa Civil, com apoio do Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG).

O poder da palavra

Nesta semana, uma estória envolvendo a escola municipal Dr. Cenobelino de Barros Serra, localizada na Vila Ercília, emocionou a todos, diretoria, coordenadoria pedagógica, alunos, colaboradores e comunidade escolar.

Tudo começou com a campanha de arrecadação promovida pela unidade em prol das vítimas do Sul do país, onde foi pedido doações de produtos de higiene pessoal, agasalhos e cobertores.

Com esta iniciativa, a aluna do 3º ano C, Estela Ruiz Paes, de 9 anos, por conta própria resolveu fazer uma doação para o sindicato rural de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, município que fica a 1.300 quilômetros de distância de Rio Preto. Na doação, ela inseriu cadernos escolares, desenhos e mensagens de apoio e carinho.

Um produtor rural de Rio Pardo (RS) recebeu os produtos e ficou comovido com a iniciativa desta menina e resolveu enviar um e-mail para agradecê-la. Na mensagem ele diz que “a doação chegou e foi um acalento aos nossos corações”.

“Nós ficamos muito comovidas com a estória que eles contaram por e-mail onde relataram sobre as dificuldades que estavam passando e que o município foi bastante afetado pela enchente. Aí nós decidimos ler essa mensagem para todos os alunos através do sistema de som da escola. Com isso, eles se sentiram ainda mais motivados para ajudar”, explica a coordenadora pedagógica Fernanda Vollet.

A comoção foi geral, despertou o interesse de uma emissora de televisão que acabou fazendo uma vídeo conferência entre as partes envolvidas, e o resultado prático de toda essa estória são mais de 20 caixas de roupas, cobertores, alimentos, produtos de higiene pessoal e brinquedos arrecadados em tempo recorde.

“Depois disso houve um grande engajamento, mais de 10 turmas fizeram cartinhas e ajudaram na arrecadação dos produtos. O projeto ficou lindo, um exemplo de solidariedade e do poder da palavra, como ela é importante para dar esperança e acalmar os corações das pessoas nesse momento de perda e de dor. E quando se trata de uma iniciativa das crianças deixa tudo mais especial”, diz a coordenadora.