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Zequinha alerta para crise no setor de mineração no Pará
Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (29), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) fez um alerta sobre a situação da mineração no estad...
29/05/2024 17h41
Por: Redação Fonte: Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (29), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) fez um alerta sobre a situação da mineração no estado do Pará. Ele destacou os impactos negativos causados pela suspensão da licença ambiental da empresa Vale na operação das minas Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), e Onça Puma, em Ourilândia do Norte (PA), em fevereiro deste ano. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) alegou que a interdição ocorreu em consequência do descumprimento de regras previstas em lei contra danos ambientais.

O senador destacou que, em função do embargo, a Vale cancelou contratos e, a partir do dia 13 de junho, concederá férias coletivas para mais 149 trabalhadores como forma de contenção de despesas devido à paralisação da produção.

— O mesmo já ocorreu com 108 trabalhadores da mina de níquel Onça Puma, no município de Ourilândia do Norte. Além das ameaças de demissões, a Vale cancelou o processo de recrutamento para a contratação de 130 trabalhadores em Onça Puma e 115 na mina do Sossego. Todos temem o fantasma do desemprego. Para um estado, no caso do nosso estado, lá do Pará, onde a informalidade no mercado de trabalho é altíssima, chegando a quase 60% dos trabalhadores ativos, é muito importante buscar medidas que preservem o emprego formal — disse.

O parlamentar também enfatizou que a interdição das minas ocorreu sem aviso prévio ou qualquer notificação oficial, o que gerou revolta entre os trabalhadores e suas famílias. Zequinha destacou que, na última segunda-feira (27), foi feita uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas não houve acordo.

— Uma nova reunião de conciliação foi marcada para o dia 20 de junho. Vamos ver se governo e Vale vão encontrar uma solução para resolver o problema e retomar as operações dos dois grandes projetos. O doloroso é que, no meio desse impasse, estão cerca de 8 mil famílias de trabalhadores diretos e indiretos desses dois projetos, que dependem da retomada das minas para poder levar suas vidas e ter paz e tranquilidade para sustentar suas famílias — enfatizou.